Homenagem à poetiza Florbela Espanca




Às duas horas do dia 8 de dezembro – no dia do seu aniversário Florbela D’Alma da Conceição Espanca suicida-se em Matosinhos, ingerindo dois frascos de Veronal.






"Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse a chorar isto que sinto!"


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Florbela Espanca






Meu Estranho Mundo





Meu Estranho Mundo






Bem vindo ao meu tormento
Onde findam as alegrias
Por onde tantos passam...



Bem vindo ao sofrimento
Ao estopim da agonia
Onde as dores não param



Bem vindo ao abismo profundo
Onde não há luz, não há dia
E as trevas nunca acabam



Bem vindo ao meu estranho mundo
onde a verdade nem sempre eh dita
e os sentimentos jamais se calam.




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autoria: Lady Morphyna 643
© todos os direitos reservados






No Silêncio de Uma Falsa Paz...




No Silêncio de Uma Falsa Paz





Ergo o meu olhar à vasta solidão
Mundo de desilusões
Onde tudo agora jaz...



Conflitos e confusões
Um cenário de destruição
No silêncio de uma falsa paz



Um arrepio na espinha;
Gritos de anogia...
Ninguém ouve, só eu escuto.



Corações mortos e gelados
Pulsos eternamente parados
Ouço lamentos em cada túmulo.



autoria: Lady Morphyna 643



Não me entendo...





Por que esta fraqueza
Gigantesca vive dentro de mim
Não entendo o por que
Não entendo nem a mim mesmo



Muitas vezes o coração
Bate forte a espera de um momento
E quanto ele chega simplesmente
Travo certas palavras não saem



Nestes momentos surge em mim
Um medo sem tamanho
Um medo de não receber
A resposta esperada



De depois não ser a mesma coisa
Sei que só sabemos das coisas
Quando colocamos a cara a tapa
E tenho isso comigo



Mas na maioria das vezes
Simplesmente não consigo
Sinto-me mal comigo mesmo
Será que uma hora isto passa?



Só espero que quando
Eu superar esta fraqueza
Já não seja
Tarde demais!!!





Por Rogério
http://angel_of_the_darkness.zip.net/

Ismália



Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...




autoria: Alphonsus de Guimaraen


mensagem p/ meu aniversário...


Meus Sonhos de Criança


No entardecer da minha infância
Maus ventos vieram soprar
Levaram toda a esperança
E os meus sonhos pelo ar...


Quebraram o tal encanto
Que me fazia acreditar
Nos contos que eu ouvia
E que me faziam sonhar


Todas as minhas fantasias
Foram jogadas ao léu
Descobri que não existiam
Fadas, nem Papai Noel...


Hoje sendo gente grande
Me sinto um tanto perdido
Sem meus sonhos de criança
A vida perdeu o sentido


Entre sonho e realidade
Prefiro em ambas nao acreditar
E desconfio que é a VIDA
quem se disfarça de MORTE para nos matar!


{autoria: Lady.6.4.3 / Morphyna}

Uma Flor para outra Flor




Homenagem pela passagem do Dia das Mães. Esta flor ofertei sobre o sepulcro de minha mãe querida, a eterna flor do meu jardim.


Saudade Eterna!


da eterna pequena órfã: Eu.

Fim da Linha...


Cansada de seguir...
Não quero mais respostas!
É em vão toda procura..
A vida nada é, agora...

Caminhos negros e longíquos..
Meus olhos sem claridade
Procuram desesperadamente a luz
Mas estão cegos de verdade...

Minhas lágrimas regam o caminho
O caminho que sigo, sem volta...
Em passos lentos sem pisar no chão
Não sei quem sou, mas sei q estou morta!

Apenas a um passo do abismo
Sinto o gélido ar da morte
Fim da linha... agora acabou!
Aqui jaz mais um alguém sem sorte...


___________

{autoria: Lady.6.4.3}

Viagem sem volta...



Mergulhei numa viajem sem volta
Com espectros em minha escolta
Descendo vagarosos o túnel profundo
Vejo algo no fim do abismo imundo
Espíritos de mágoas esplendorosas
Irradiando amarguras escabrosas
Flores sombrias que nascem da lama
Que crescem
Como fungos
Inflama minha alma
Que rasteja agonizando
Na travessia das sombras chorando
Por entre o lado do pântano sombrio
Cheguei no escuro vale dos suicidas
Ouvindo o gemido das almas esquecidas..


________

{autoria desconhecida}

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