E quantas vezes precisamos morrer...?



E quantas vezes precisamos morrer numa mesma vida, para que possamos compreender o porque não conseguíamos viver antes como deveríamos?... Ah! Hoje até sorrio! Não há dúvidas de que o tesouro que buscamos encontra-se no final do antigo caminho... Sim! Para adentrarmos o portal do nosso verdadeiro caminho, devemos seguir todo o percurso. É como mudar de fases no "game", ao completarmos uma missão, automaticamente evoluímos.
Eu tive que morrer tantas vezes, e milagrosamente ressurgir... E percebi que o milagre está em cada amanhecer, que renascemos todos os dias, porém só evoluímos de dentro para fora... Requer vivência, não apenas conhecimento. Para evoluir a alma, é necessário aprender a Grande Alquimia... Eis um caminho muito restrito. Poucos alcançam...
Poucos descobrem a Grande Missão... E eu sou apenas uma relez aprendiz desse infinito Caminho.
Eu abri mão de tudo nessa vida para percorrer sozinha o meu caminho, em busca de um grande tesouro, até descobri que eu não me decepcionaria depois...
Nada, absolutamente nada, foi em vão! Hoje eu sigo em paz, com a minha solidão... Aprendi a enxergar e a caminhar com passos seguros pela escuridão...

Morphyna Nephilim

3 comentários:

  1. Essa reflexão me lembrou esse poema de Fernando Pessoa ♥:

    "Conta a lenda que dormia
    Uma Princesa encantada
    A quem só despertaria
    Um Infante, que viria
    De além do muro da estrada.

    Ele tinha que, tentado,
    Vencer o mal e o bem,
    Antes que, já libertado,
    Deixasse o caminho errado
    Por o que à Princesa vem.

    A Princesa Adormecida,
    Se espera, dormindo espera.
    Sonha em morte a sua vida,
    E orna-lhe a fronte esquecida,
    Verde, uma grinalda de hera.

    Longe o Infante, esforçado,
    Sem saber que intuito tem,
    Rompe o caminho fadado.
    Ele dela é ignorado.
    Ela para ele é ninguém.

    Mas cada um cumpre o Destino —
    Ela dormindo encantada,
    Ele buscando-a sem tino
    Pelo processo divino
    Que faz existir a estrada.

    E, se bem que seja obscuro
    Tudo pela estrada fora,
    E falso, ele vem seguro,
    E, vencendo estrada e muro,
    Chega onde em sono ela mora.
    E, inda tonto do que houvera,
    A cabeça, em maresia,
    Ergue a mão, e encontra hera,
    E vê que ele mesmo era
    A Princesa que dormia. "

    http://lasantissimamuerrte.blogspot.com.br/

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  2. Linda, lindíssima poesia!
    Obrigada!
    E tens razão...
    Beijos gélidos...

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